Paulo ensina “o valor da comunhão fraterna”

Tenho prazer de convidar você a aprender com o Apostolo Paulo, por intermédio da sua pequenina carta a Filemom. Seremos seus alunos. Desenvolveremos duas reflexões sobre esta carta, que, sem dúvida, é uma das mais intimas de toda a Bíblia. Há lições maravilhosas para todos nós nesta sintética epístola do Novo Testamento.

Aprenda a desenvolver relacionamentos

relacionamentosO autor da carta a Filemom é Paulo. Em Atos 22.3 encontramos informações preciosas sobre a sua nacionalidade e educação, desde a infância.

Em Atos 9 encontramos a narrativa da sua conversão. Em Atos 13 o vemos integrado na Igreja local em Antioquia, momento singular, quando o Espirito Santo o separa juntamente com Barnabé para a obra missionária.

Em 2 Coríntios 11.16-33 há notas impressionantes sobre as aflições de Paulo no ministério. Ele foi uma benção, um instrumento. Ele podia falhar e mudar, mas o Evangelho que ele pregava e ensinava não falhava.

Outro fato interessante eram as circunstancias do autor

Paulo estava preso quando escreveu a carta a Filemom. Vale destacar que Paulo estava preso, mas pregando o Evangelho. Ele não estava perdido em meio à depressão ou numa atitude de autopiedade.

Ele poderia ficar pensando negativamente em ser um fracasso, um esquecido de Deus; porém, Paulo reagiu diferente. Ele testemunhou na prisão. Cria que Deus tinha um ministério para Ele ali.

Nesta primeira parte do estudo, nos limitaremos aos versos 1 e 2:

“PAULO, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso cooperador, E à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa:”. (Filemom 1 e 2)

Observemos como Paulo desenvolve relacionamentos

Ele trata Filemom de amado. O relacionamento efetivo entre os membros da Igreja de Jesus é básico para o seu crescimento. O mundo carece deste relacionamento. Paulo disse que Filemom é seu cooperador, é seu companheiro de trabalho. Um líder sozinho não pode fazer toda a obra.

Existem aqueles que criticam o trabalho. Filemom, porem, era companheiro de trabalho. Ele estava ombro a ombro com Paulo, estava integrado, ativo.

Paulo prossegue sua saudação referindo-se a Áfia

Quem era Áfia? No cristianismo em Jesus somos uma grande família. Temos irmãos e irmãs. Os judeus, gregos e romanos tratavam a mulher com desprezo, mas, no cristianismo elas são tratadas com destaque, em pé de igualdade com o homem.

A saudação paulina também é estendida a Arquipo

Companheiro de lutas. Em algumas versões, camarada. Paulo chamava Arquipo de companheiro. Quando Paulo escreveu a carta aos Colossenses ele mencionou Arquipo com a seguinte recomendação: “cuide em cumprir o ministério que você recebeu do Senhor” (4.17).

É possível que Arquipo estivesse passando uma crise ministerial, mas, mesmo assim, Paulo o chama de companheiro de lutas. É impressionante o seu carinho por Arquipo, a despeito das dificuldades.

Aprendamos com Paulo a construir e a desenvolver relacionamentos. Uma palavra de estímulo, um bom exemplo, um gesto de valorização são coisas pequenas, mas de grande abrangência e significado. É assim que o amor de Deus é demonstrado.

Aprendendo o diferencial da comunhão

comunhão“Graças dou ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações; Ouvindo do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo, e para com todos os santos; Para que a comunicação da tua fé seja eficaz no conhecimento de todo o bem que em vós há por Cristo Jesus. Tive grande gozo e consolação do teu amor, porque por ti, ó irmão, as entranhas dos santos foram recreadas.” (Filemom 4-7)

Após uma abrangente saudação, Paulo prossegue a sua carta a Filemom de maneira comovente, com palavras cheias de sentimento. Ele expressa a sua gratidão e esperança na fé de Filemom.

O testemunho paulino estava ligado ao que ouvia de Filemom: a fé e o amor

Filemom era alguém que desenvolvia a crença em Jesus e, fruto dela, a comunhão com os santos, os servos do Senhor. E Paulo entrelaça essa comunhão à fé, no ideal de que produza conhecimento do bem. Ou seja, se a comunhão de Filemom não estivesse resultado no diferencial do bem, pelo conhecimento do proposito de Cristo, algo estava errado.

Graças a Deus, no decorrer do texto, temos a prova de que o amor de Filemom era genuíno para Paulo.

A comunhão é essa marca diferenciada entre os crentes. Aqueles que experimentam uma nova proposta de vida no evangelho precisam ser diferentes. Todas as coisas podem contribuir para a banalização da comunhão, mas o crente de verdade sabe que, mesmo sendo difícil, ele é essencial. Ele não se deixa enganar.

Paulo estava preso, distante, mas em comunhão

As circunstancias que o separavam de Filemom não foram capazes de abalar a comunhão. É pela comunhão que Paulo teve a liberdade de interceder por Onésimo, conforme analisaremos em outro estudo.

Pensemos na Igreja. Os dias são difíceis. Ninguém tem tempo sobrando. Sabemos que para vir a Igreja ensaiar, por exemplo, é preciso toda uma programação de horários, visto que os demais compromissos são intensos.

O que faz então alguém sair de casa, cansado do trabalho, e vir para a Igreja ensaiar? É a comunhão, que faz valer cada momento por si só. Não é o fato de que vai ensaiar para cantar domingo, embora seja importante. Mas, melhor do que isso, é desfrutar de momentos de adoração junto com irmãos e irmãs, mesmo que no domingo seguinte o grupo não esteja escalado para cantar.

Não é a quantidade de horas que passamos na Igreja que expressará a comunhão, mas creio piamente que a intensidade com que se vive cada momento na Igreja é diferencial na comunhão.

Conclusão

Quando compreendermos o valor da comunhão fraternal, os nossos encontros no templo, para o culto coletivo, ganharão sempre mais sentido e relevância. O resultado será lógico: ninguém vai querer perder esse momento, ficando no pátio ou em outro lugar qualquer, pois ele, por si só, é único. Assim aplica-se a todos os demais momentos na vida cristã.

Paulo sabia que, talvez, aquele momento textual com Filemom fosse o ultimo, e por isso ele o valorizou intensamente, para que Filemom soubesse que a comunhão é o diferencial na vida dos que professam a fé do conhecimento em Jesus.

Fonte: Revista Homem Batista – UMHBB

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